quarta-feira, 31 de outubro de 2007

alívio

conflitos de idéias são normais. mas tem algumas idéias que contribuem para a nossa condição. para a personalidade. algumas coisas que queremos para nossas vidas. projetos, aventuras, visões distintas, a libertação dos pré-conceitos, a aceitação e a paixão pela diversidade. afinal, isso é um grande clichê, mais o que seria de mim sem as diferentes cores, os amores diferentes, os gostos, o mpb e o rock punk electro, a magrela e a gordinha, a desleixada e a organizada, a boba e a séria, o defeito e a perfeição? do que seria da vida sem todos esses opostos que atraem tipos e tipos, uns que se multiplicam em muitos outros = diversidade, multiplicidade, possibilidades.
sou assim, penso assim. e agora uma pergunta não sai da minha cabeça, pq existem seres como vocês* que não gostam dessa diversidade, mas pior, a questão não é nem essa, pois vocês* tem todo direito do mundo de não gostarem de nada. mas espera aí, eu posso, e eu gosto. então, não venham meter o bedelho nisso.
graças a Deus o mundo é tão heteregêo assim, pois se dependesse de vocês* seria de uma homogeneidade grotesca.
(respiro aliviada)

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

tengo, have, tenho

yo tengo que estudiar español.
so, i will say good night and i see you later.
bons estudos para mim.
=~~

vou permitir

dançar é um prazer viciante.
quanto mais você dança mais tem vontade de dançar, de se dançar, de se soltar.
o calor no corpo, a alegria do movimento, os cabelos que acompanham os passos, a voz que insiste em dançar junto, seja seguindo o ritmo da música ou desafinando, para a tristeza dos vizinhos próximos da dança. eu quero mais é dançar, rodar, rodar, sentir a energia da música, viajar no tempo, me sentir realizada, plenamente realizada depois de uma longa noite de música alta e claro, de muito movimento das pernas, dos bracos, do queixo, da barriga, das canelas, das bochechas, dos cabelos, dos ombros, cotovelos, enfim, de cada parte do meu corpo.
eu quero que a dança invada meu corpo, assim como eu invado o dela. vou permitir.

todo mundo tem

todo mundo tem os seus. uns tem um pouco, outros têm muitos. eu tenho, você tem, ela tem, ele também, todos nós temos

vontades, mimos, egoismos, idiotices, paranóias, teimosias


todo mundo tem os seus
todo mundo tem os
todo mundo tem
todo mundo
todo
caprichos
todo mundo tem os seus caprichos

domingo, 28 de outubro de 2007

de-tes-to quan-do vo-cê so-me.

vontade de nada

um domingo mal humorado é uma merda. um domingo sem graça, sem nada pra fazer, sem saco pra ler, so com vontade de nada. vontade de nada é uma merda as vezes. saco.

o último tango em paris

http://www.terra.com.br/cinema/favoritos/tango.htm

estou de cara com essa crítica.
"último tango em paris" a princípio um filme chato, sem muitas ligações, meio louco até.
depois de ler o que esse jornalista escreveu, minhas pernas ficaram bambas. eu me achei tão estúpida de não ter percebido o tanto que ele descreveu, e o tanto que tudo faz tanto sentindo.
droga, odeio quando não percebo os tantos.

"tempo"

antes um escultor levava cerca de 10 anos ou mais para concluir sua obra.
hoje é taxado de maluco, perdedor de "tempo", otário, lerdo. hoje tudo tem prazo, hora marcada. o tempo está em todo lugar e passa cada vez mais rápido.
hoje, tempo é dinheiro. os jornalistas dizem que o bom jornalista é aquele que escreve rápido, manda as matérias de forma rápida, assimila rápido.
esse perfil é um tanto duvidoso pra mim. nada que é escrito com tanta rapidez sai tão bom assim. nenhuma reportagem feita tão rapidamente tem fontes e entrevistas tão boas e , temas tão bons. tudo o que a gente revê, a gente muda alguma coisa. acrescenta, subtrai. é sempre assim. tudo que é tão rápido acaba se tornando fulgaz.
eu tenho medo dessa intensidade chamada "tempo".
cada um no seu mundinho, no seu colorido, cada um com suas próprias frustações, anseios, sonhos, paixões, amores, viagens, exposições, planos, diversões. cada um querendo mais, querendo ter uma profissão, ser independente. e isso vai, e isso volta. movimento repetitivo.

cade aquele tempo que não volta mais? aquele tempo em que a gente não se preocupava tanto com o tempo?
se a resposta for não.. tá na hora, e até já passou da hora de mudar isso.
realidade brasileira.
grande parte da população do nosso país tem um reduzido, quando não ausente nível escolar. vivem em condições precárias, sem o saneamento básico, sem uma alimentação com o requisito mínimo de vitaminas. essa população vive excluida. excluida da vida cultural, da educação, da saúde de qualidade, de uma vida digna.
o povo brasileiro vive a margem da sociedade desde sempre. desde o começo da história, sempre não é esse povo que é beneficiado,não é pra ele que as políticas são voltadas, não é pra ele que a devida atenção é dada.ele está ao relento..
e o que você faz pra melhorar hein? me diz! você faz alguma coisa?eu faço alguma coisa, alguma coisa de verdade, alguma coisa que mude de uma forma direta algum detalhe. algum detalhe que vai fazer a diferença.
eu faço? você faz? nós fazemos?

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

inside everybody's hiding something
têm dias que a internet fica de mal com a gente né? pura implicância.tudo bem eu relevo, eu relevo.
têm dias que a chuva fica de mal com a gente. e quando ela fica, sai de baixo. acho bem pior que a internet. ela faz birra, biquinho, não quer deixar o sol sair a troco de nada. sempre quando eu aviso aos ventos que vou a praia, que quero muito ir a praia, ela faz isso comigo. ela cai, e cai com gosto. ou promove aquele vento inicial, aquele vento geladinho. eu sei que foi ela que promoveu. conheco as safadezas da chuva.
tudo bem, eu não relevo. com ela eu não consigo. me irrito, e ela consegue de mim o que tanto gosta.
e o pai dela abre a geladeira lá pelas 22h com o intuito de pegar o leite. pegar o leite pra tomar com leite ninho. uma bela combinação. e ela, ela pega uma ice as 22h, pra dormir melhor, pra relaxar do dia super cansativo que teve. pra se livrar das responsabilidades, pra jogar tudo pro ar. nossa,mas quem diria que uma mísera ice iria resultar em uma revolução mental/corporal.
e eles se esbarram lás pelas 22h, ele com o leite, e ela com a ice.
moderno não?
eu quero conhecer o mundo. começar pelo egito, mesopotâmia, por onde a gente começa estudando história.eu quero conhecer cada canto, cada gente, cada véu, cada lágrima, cada papel, cada defeito,cada sorriso, cada abraço.eu quero me perder no mundo. ser do mundo e me deixar ser dele.quero tudo isso.quem quer tudo, quer nada. mais eu quero isso tudo e muito mais. talvez quem queria tudo e muito mais queira isso tudo mesmo. mas quem queira só tudo, na verdade queira nada.tá, estou inventando pra poder justificar minhas "querencias".
essa vida é um balzac, ouço meu pai falar isso pra mim desde criança.o que seria um balzac? teria alguma influência de balzac? faria bastante sentido, não? vou pesquisar isso.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

eu quero doce, eu quero bolo de chocolate, quero passatempo, jujubas, barras e mais barras de chocolate. quero doce de leite, pêssego em caldas, goiabada, morango com leite condensado. quero kinder ovo, twister, bolo de morango, bolo de coco, quindim, sorvete. eu quero isso tudo tanto só porque eu não posso. aposto.
a sensação de ir a uma biblioteca é maravilhosa pra mim. é como se fosse uma viagem, sem sair do chão, mais com direito a passaporte e passagens de avião. Aqueles mil livros, todos me olhando, me deixando curiosa. Eles gritam, riem da minha cara de criança feliz, de criança surpresa, querendo saber de tudo. Eu entro e fico meio que desesperada. é muita informação minha gente, são autores espanhóis, ingleses, franceses, brasileiros, portugueses, italianos.. e por aí, infinitas nacionalidades. Muitos temas, artes, cinema, jornalismo, social, viagens, sonhos, histórias fantásticas, a história de países, temas variados que me enchem de entusiasmo.
eu sou igualzinha uma criança na biblioteca. e ah, tem uma coisa muito importante sobre minha pessoa : eu não gosto de procurar no computador que o mundo dos livros possui. eu adoro sair de estante em estante. saio a procurar e a me encantar. saio a me perder entre essa multiplicidade de informação, de cultura. saio e me perco muito feliz, posso garantir. todo mundo fala que eu sou doida, mais é uma sensação impagável. recomendo.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

voltar a escrever é algo que requer uma certa inspiração. e estava pensando, o que me faz querer escrever em uma página de internet? em uma página de internet que ninguém vai ler? em uma página de internet que só eu mesma vou ler? enquanto penso sobre isso, meu dever de espanhol vai ficando pra trás, meu seminário de jornalismo e sociedade também, minha sobremesa do jantar vai indo pra longe, o abraço da minha mãe fica fica a minha espera, e o copo d'agua geladinho em cima da mesa da cozinha. todos me esparam? nossa, quer dizer que o mundo gira em torno da minha vontade de levantar dessa cadeira que se situa em frente ao meu computador e ir de encontro com tudo o que me espera? mais que pretensão a minha, não? Na minha cabeça isso tudo me espera. ou esperam outra pessoa chegar, ou esperam, no caso dos doces, outra boca chegar.. e assim sucessivamente.
chego a uma conclusão : eu gosto de escrever, eu realmente gosto, coisas aleatórias, qualquer assunto, o que vier na cabeça, no dia, na semana, o que der o gosto bom, o que me tirar das outras pessoas/coisas que me esperam, pelo menos assim eu gosto de pensar.
já não importa que ninguém venha a ler.